O verão, apesar de entrar agora na sua fase final, ainda promete mais alguns dias de sol radioso, calor e praia. Para muitos foi tempo de férias. Para outros ainda o será! Longe vão os tempos em que os portugueses tiravam todo o mês de Agosto para gozar as suas merecidas férias. Actualmente as famílias optam por repartir ao longo do ano o período de descanso a que têm direito. Os motivos são diversos mas o certo é que de ano para ano essa tendência aumenta. O tradicional período de férias, geralmente longo, vai dando assim lugar a várias escapadelas ao longo do ano.
Infelizmente, para os nossos amigos de quatro patas, férias em Portugal ainda é sinónimo de abandono. Segundo a Associação SOS Animal foram contabilizados 50 mil cães abandonados nos primeiros seis meses de 2007. Os donos partem alegremente de férias enquanto os seus, até aí então amigos, são deixados na rua à sua sorte, ou entregues num qualquer canil, como se de lixo se tratasse, sem qualquer preocupação ou problema de consciência. É verdade que a grandiosidade de uma nação e o seu progresso moral podem ser medidos pela forma como os seus animais são tratados como afirmou Mahatma Gandhi. No entanto o que se poderá esperar de um país que abandona as suas crianças e os idosos?
Antecipe o que fazer nas férias com o seu animal; acredite que com ponderação pode ter umas férias felizes, deixando o seu animal também feliz.
Deixo aqui algumas sugestões:
- Fale com colegas, amigos ou familiares que também tenham animais e cujo período de férias não coincida com o seu. Tente fazer uma permuta: tome conta do animal do seu colega, amigo ou vizinho quando estes forem de férias e eles ficarão com o seu quando chegar a altura das suas férias. Este é um acordo que não acarreta encargos e que facilmente se põe em prática.
- Recorra ao serviço de particulares. Chegue a um acordo sobre as condições de pagamento referentes a alimentação e cuidados a prestar ao animal.
- Informe-se sobre quais as empresas que vão a casa tratar de animais, pois já existem empresas especializadas em Portugal. Saiba quais os custos e se os puder suportar, adopte este sistema. É a melhor solução para os animais, pois não se vêem privados do seu local habitual, principalmente no caso dos gatos, que são animais muito sensíveis e muito ciosos do local onde vivem.
Se puder levar os animais consigo de férias e, viajando de carro, só tem de respeitar as seguintes regras:
- O animal deve viajar no banco de trás, acompanhado ou devidamente acondicionado, de forma a não poder saltar para o banco da frente.
- As janelas devem estar abertas o suficiente mas de modo a que o animal não possa saltar para o exterior do veículo, nem colocar a cabeça de fora uma vez que isso lhe poderá causar otites, nevrites e possíveis traumatismos.
- Quando parar durante o percurso passeie o animal durante alguns minutos para que ele se possa movimentar, o que o acalmará para o resto da viagem e, também, para que satisfaça as suas necessidades fisiológicas (não se esqueça de apanhar os dejectos). Nunca abra a porta do veículo sem ter o animal com trela.
- Se tiver que deixar o animal durante algum tempo dentro do carro certifique-se que deixa as janelas com uma fresta aberta para que o ar circule e nunca ao sol.
- Ao viajar com o seu animal este deve estar devidamente identificado com chapa ou medalha, colocada na coleira, onde conste o nome do animal e número de telefone de contacto, ainda que o animal esteja identificado com microchip, uma vez que não existem ainda sistemas de leitura em todo o país.
Se pretende levar o seu animal de companhia para o estrangeiro confirme quais os procedimentos veterinários exigidos à entrada e saída de cada país. Para informações consulte;
