O Governo considera decretar a proibição de importação, reprodução e criação de cães de sete raças consideradas perigosas. Considera-se um qualquer cão, de uma destas raças, como equiparado a uma arma. Pela primeira vez, na história da lei penal portuguesa, é aplicada uma punição à arma e não ao criminoso. É como se num crime de homicídio com utilização de arma de fogo, descoberta a pistola infractora, a atirássemos para o banco dos réus para que dissesse de sua justiça, enquanto o seu utilizador e real criminoso, assistia, refastelado, ao decurso do julgamento: “- Ora então diga lá minha senhora quantas balas disparou sobre o ofendido? – Não minta! Olhe que está sob juramento…”.
É verdade que temos assistido ultimamente ao relato de alguns casos de “ataques” de cães a seres humanos. Mas também é verdade que a imprensa tem feito uma verdadeira caça ao acontecimento, potenciando-o, através de uma maior visibilidade. Se quiséssemos fazer um histórico dos ataques de abelhas a seres humanos, de certo, haveria por dia milhares de notícias a inundar os telejornais: - “Boa noite! Ocorreu hoje mais um violento ataque de abelha a um transeunte em Celorico da Beira. É já o 1.987.999.567 ataque de abelhas este mês”.
Sejamos sérios! A maioria dos ataques de cães a seres humanos deve-se exclusivamente à falta de formação moral e ética do “animal” que segura a outra ponta da trela. E esse sim deveria ser responsabilizado e severamente punido pela sua negligência ou eventual dolo na má formação do seu cão. Há pessoas que deveriam ser simplesmente proibidas de ter cão pelo simples facto de não terem capacidade nem sentido de responsabilidade para se gerirem a si próprias nem aos seus. E falo dos mesmo que aplaudem os seus filhos quando estes agridem violenta e gratuitamente um professor na escola.
A origem do problema não está nos cães mas sim na degradação dos valores dos indivíduos e consequentemente da sociedade portuguesa. Particularizar os problemas é reduzir as causas a falsas premissas. A proibição de importação, reprodução e criação de cães de raças consideradas perigosas não resolverá o problema, tal como a proibição de posse ilegal se arma não impede que elas proliferem nos guetos à vista de todos os que queiram ver.
É verdade que temos assistido ultimamente ao relato de alguns casos de “ataques” de cães a seres humanos. Mas também é verdade que a imprensa tem feito uma verdadeira caça ao acontecimento, potenciando-o, através de uma maior visibilidade. Se quiséssemos fazer um histórico dos ataques de abelhas a seres humanos, de certo, haveria por dia milhares de notícias a inundar os telejornais: - “Boa noite! Ocorreu hoje mais um violento ataque de abelha a um transeunte em Celorico da Beira. É já o 1.987.999.567 ataque de abelhas este mês”.
Sejamos sérios! A maioria dos ataques de cães a seres humanos deve-se exclusivamente à falta de formação moral e ética do “animal” que segura a outra ponta da trela. E esse sim deveria ser responsabilizado e severamente punido pela sua negligência ou eventual dolo na má formação do seu cão. Há pessoas que deveriam ser simplesmente proibidas de ter cão pelo simples facto de não terem capacidade nem sentido de responsabilidade para se gerirem a si próprias nem aos seus. E falo dos mesmo que aplaudem os seus filhos quando estes agridem violenta e gratuitamente um professor na escola.
A origem do problema não está nos cães mas sim na degradação dos valores dos indivíduos e consequentemente da sociedade portuguesa. Particularizar os problemas é reduzir as causas a falsas premissas. A proibição de importação, reprodução e criação de cães de raças consideradas perigosas não resolverá o problema, tal como a proibição de posse ilegal se arma não impede que elas proliferem nos guetos à vista de todos os que queiram ver.
15 comentários:
Muito bem dito!
Mas ultimamente, de facto, para acabar com os problemas, em vez de se procurar a solução, fecha-se a questão.
Queriam que fosse assim com os bares do bairro alto, querem fazer o mesmo com os cães.
Alguns deles que está provado que até trabalho para a polícia fazem...
Tens razão...
Concordo,
Certos donos é que deviam andar de ancaime.
Eu assino por baixo a 100‰! Muito bem escrito!
Concordo plenamente...a minha dona fica furiosa quando ouve essas noticias.
Continuo a achar que, como não se conseguem fazer cumprir as leis que existem, criam-se outras, mesmo que não façam sentido...
Faço minhas as tuas palavras
As 7 raças são só o começo, esta gente não percebe que o dono de um cão de uma dessas raças, treinará outro cão, de outra raça qlqr, para ser agressivo tb!
E depois? Erradicam-se tb os Pastores Alemães? Os Boxer? Os Galgos? Caniches? Pincher? é que um cão molestado o suficiente torna-se invariavelmente agressivo...
Suspeito que deve haver outros interesses por trás desta ideia tão bacoca.
beijo enxofrado
Diria amigo Kunta, muito bem ladrado, o nosso (des)governo não faria melhor.. Pobres cães.. Razão tinha o meu pai que sempre disse, quanto mais conheço os homens, mais gosto dos anomais.. Que mais iremos ter de ouvir e sopurtar..
Tens razão no que dizes...
:)
Apoio e subscrevo tudo o que dizes, pois o defeito não é dos cães, mas sim desses donos que deveriam ser proibidos de ter qualquer animal em casa.
Beijos.
7 raças???
7 raças???
Bem, o que andam eles a inventar... que parvoíce...
Sem dúvida!
Podem ver um caso de um PitBull agredido, que se passou ainda há poucos dias:
http://www.abra.org.pt/html/index.php?pv=bW9kdWxvPUNPTlRFVURPUyZhY2Nhbz1QQUdJTkEmSURQQUdJTkE9ODQ5Jmxhbmc9cHQ=%20target=
Não há quem os defenda!
Também concordo!
em certa parte concordo contigo no entanto deixa sempre um sim e um não por um lado concordo por outro não tudo depende dos casos cada caso é um caso mas pronto, á pessoas bem piores que qualquer raça por mais perigosa que seja e no entanto continuam a vir á terra lool
Beijinhos
Enviar um comentário